FM IN LOCO
Edifício Thera Corporate, em São Paulo, é uma das unidades da Barzel Properties com certificado Triple A em modernização e eficiência
Eis que chegamos ao lançamento desta quarta edição da revista, cujo tema não custa nada repetir: “Tecnologia no Mundo de FM”. E é no auditório de um dos prédios mais modernos da capital paulista que nos reunimos para este evento. Aliás, escolha bem apropriada para ambientar a comunicação sobre ferramentas e inovações tecnológicas que servem tanto à eficiência predial, quanto à conveniência e à satisfação de pessoas.
“Além da tecnologia, o nível de serviço é o que também diferencia um empreendimento Triple AAA. E o Thera Corporate é um edifício aparentemente tradicional, que traz aquela imagem corporativa que os ocupantes de um AAA esperam, mas, atrás de toda aquela estrutura, tem uma tecnologia ali de ponta que proporciona toda a comodidade no dia a dia”.
Assim o diretor Bruno Turaça define o prédio de 15 andares, com cerca de 30 mil m² de área locável, integrante do portfólio da Barzel Properties – empresa que detém 200 mil m² de escritórios e 300 mil m² de galpões, distribuídos, respectivamente, por doze edifícios corporativos e três logísticos, além de outros empreendimentos ligados aos setores de varejo e data center. Segundo ele, a missão é garantir praticidade, conforto e bem-estar a todos que circulam por cada metro quadrado gerido pela companhia. E a tecnologia, assunto do momento, é grande aliada nessa empreitada:
“No início da pandemia da covid-19, o que mais se discutiu no mercado imobiliário foi a segurança do usuário, alavancando a implementação de diversas tecnologias. E a primeira medida que nós buscamos foi o acesso aos edifícios sem nenhum tipo de contato. Daí, hoje, em praticamente todos os nossos prédios, você entra sem nenhuma interface de acesso, podendo se valer de QR Code, impressão digital ou reconhecimento facial ou de placa em caso de veículos – apenas para citar um dos legados da pandemia do ponto de vista de FM”.
O Diretor de Portfólio Bruno Turaça explica que dispositivos utilizados primeiramente no segmento corporativo começam a ser aplicados também em empreendimentos logísticos, somados a toda tecnologia já embarcada nesses últimos, voltada mais para gestão de carga e da frota e, até então, menos para o ponto final de caminhões ou centros de distribuição.
“Há alguns operadores logísticos cujo movimento de carretas é brutal: 200, 300, 400 unidades por dia, ao longo das 24h. E, como muitos motoristas e veículos são frequentes, imagine as filas que seriam formadas em horários de pico ou épocas de sazonalidade, como vésperas de Natal, Black Friday ou Páscoa, caso eles não pudessem contar com a tecnologia de reconhecimentos facial e de placa para terem entrada rápida, liberada automaticamente?”.
Tecnologia que muda pelas beiras
Quanto aos avanços tecnológicos verificados, Bruno Turaça acredita que existem frentes ou instrumentos consolidados que parecem não sofrer grandes alterações no decorrer do tempo, mas que vão sendo modificados por tecnologias suplementares que vêm agregar valor e não, propriamente, modificar:
“Noutro dia mesmo, eu estava visitando uma empresa que aplica inteligência artificial para otimizar o funcionamento dos chillers ou compressores de seus aparelhos de ar condicionado, conseguindo reduzir 15% a 20% do consumo. Um exemplo de segmento clássico do mercado imobiliário que não costuma trazer tanta novidade ou mudar tanto do ponto de vista mecânico, mas que adere tecnologias suplementares e muito úteis ao seu próprio sistema”.
Por falar em sistema de refrigeração, está aí um dos componentes de edificações Triple A, que, dependendo dos recursos tecnológicos dos quais dispor, ajuda a incorporadora a alcançar esse selo de excelência: “os sistemas de ar condicionado podem ter monitoramento de todo tipo, desde a aferição da concentração de CO2 do lado de fora para dosar a troca de ar nos escritórios, até a detecção do limite de CO2 tolerado pela norma em ambientes fechados, de modo a aumentar a abertura dos dampers e trazer mais ar externo”, acrescenta Bruno Turaça.
E quando a pergunta é sobre tecnologias que o futuro tem reservado para o mercado imobiliário, o Diretor de Portfólio da Barzel aposta em inovações que já estão até em teste nas melhores famílias de edifícios, incluindo o filho pródigo Thera Corporate:
“Para os próximos anos, eu vejo muita aplicabilidade de inteligência artificial associada ao 5G, impactando todas as frentes, desde segurança e área de portaria, até limpeza e conservação, por meio da qual se pode mapear, por exemplo, momentos de pico e partes do piso com maior circulação para identificar quais trechos irão precisar de mais higienização. E um detalhe importante é que, talvez, a tecnologia avance mais rápido do que a capacidade das pessoas de digeri-la e, por isso, o compasso daqui para frente seja ditado não pelo potencial tecnológico efetivamente, mas pela habilidade das pessoas de absorver toda a transformação”.
“O Thera Corporate é um edifício aparentemente tradicional, que traz aquela imagem corporativa que os ocupantes de um AAA esperam, mas, atrás de toda aquela estrutura, tem uma tecnologia ali de ponta que proporciona toda a comodidade no dia a dia.”
Bruno Turaça
Diretor de Portfólio – Barzel Properties