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Facilities na esfera pública

FUNDAÇÃO

Muito se fala de Facilities Management em edifícios comerciais, shopping centers e demais empresas do setor privado. Mas pouco se sabe ainda sobre a atuação dessa área em instituições públicas, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por exemplo, que, ligada ao Ministério da Saúde, passou a se valer da recém-criada lei de facilities para órgãos públicos – nº 14011, promulgada em 2020 – para tocar seus projetos.

E um desses projetos, inaugurado em 2018, mas ainda em fase de expansão, é o Campus Eusébio, a 30km de Fortaleza, no Ceará, que, já no início de suas atividades, contava com mais de 500 colaboradores. Segundo o gestor de planejamento e inovação da Coordenação de Engenharia de Manutenção (COGIC), Bruno Amorim, “para criar o novo complexo, a equipe de planejamento da contratação se deparou com grandes desafios, como cenário macroeconômico, teto de gastos, indisponibilidade de concurso público e a limitação para contratação de profissionais necessários para viabilidade da operação e manutenção daquela unidade”.

Bruno Amorim

Vencendo barreiras

As soluções foram surgindo no decorrer do tempo até chegar à contratação integrada de Full Facility Management como se tem hoje. Bruno lembra que “foi necessário aprender a lidar com inúmeras questões, desde o arcabouço legal recente, como a lei nº 14.011/2020, até a definição dos mais diversos indicadores de qualidade e performance. Um cenário que exigiu bastante estudo, pensamento ‘fora da caixa’, parcerias e inovação na gestão”.

E os resultados, até então, apontam para uma série de vitórias: “finalizar o processo licitatório inicial, tendo implantado um segundo contrato já de facilites full, foi uma grande conquista, seja por termos todos os documentos pré-contratuais analisados pela Procuradoria Federal sem maiores apontamentos, seja por termos formalizado contrato com empresa de grande estrutura a um custo 5,74% menor que o estimado inicialmente pela Fiocruz. Isso sem considerar ainda outras reduções de custo e de conflitos entre as contratadas graças à sinergia das equipes”, celebra o gestor.

Vestir a camisa é o lema de FM dessa marca

Uma rede internacional de lojas de roupas que, no Brasil, tem mais de 300 filiais espalhadas por 125 cidades. Para cuidar do bom andamento do trabalho por aqui e da segurança de mais de 15 mil colaboradores, a coordenadora de facilities e de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), Katia Gadelha, arruma pano para manga sem perder o entusiasmo:

“É algo sensacional! Aqui na C&A Brasil, as áreas de facilities, SESMT e segurança patrimonial possuem sinergia e têm atividades integradas, com normas e processos que convergem todas as ações visando ao bem-estar, saúde e segurança em ambientes que promovam a melhor vivência para as nossas pessoas”.

Diferente do que ocorre em várias outras empresas, em que essas áreas parceiras têm reports separados, o guarda-chuva de Katia cobre todas elas e, no organograma, ainda aparecem dentro do âmbito de Gente e Gestão, na estrutura de Bem-estar.

“Temos mindset de apresentar soluções, com inovação e saúde ocupacional, para as pessoas em seus postos de trabalho, sempre buscando superar as expectativas e deixar um legado positivo. Quanto aos desafios, que encaro como oportunidades, poderia citar vários, como a própria necessidade de conscientização, tanto da importância estratégica e do porquê dos serviços de facilities, quanto do papel do SESMT enquanto time que cuida das pessoas na execução diária de suas funções.”, lembra a gestora. Segundo ela, o objetivo é sempre garantir a maior eficiência financeira aliada à melhor experiência dos funcionários.

Comportamento ético e imparcial

E se ainda restar alguma dúvida quanto a eventuais conflitos de interesse nas áreas geridas por ela, Katia é taxativa: “para garantir a imparcialidade, a regra é clara! Devemos fazer o certo e dentro das regras de compliance, com ações que respeitem a isonomia e tenham base nas diretrizes de cada setor. Até porque ética é algo que se tem ou não e, portanto, nem se discute, se cumpre!”.

E de FM para FM, nossa protagonista deixa um recado: “suas conexões são o maior recurso para a evolução integral. E, da sua parte, custa apenas ser uma pessoa genuína, presente, respeitadora da história de cada um e, sobretudo, com ação!”.

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